quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Loucura ?!

Loucura de um ser, é tudo aquilo que não queremos ver, mas que vemos todos os dias! Eu vejo a loucura do teu ser, como tu vês a minha loucura e nada dizemos, pois temos medo da loucura, que nos envolve.
Loucura...? Medo...?
A tua loucura, assusta-me...
A minha loucura assusta-te...
Nós temos medo de nós próprios, pois não sabemos quem somos no meio da nossa loucura de ser...
Eu vejo-te a passar dia após dia, onde não te vejo, só uma loucura abundante... Nada mais me deixa sem palavras, sem encontrar um sentido na minha própria visão, ao ver que tu és um louco...! Tornaste-te um louco, no dia em que deixaste de te ver, de teres aquelas palavras que só tu sabias dizer naqueles momentos, dos teus silêncios acolhedores vieram uns silêncios glaciares... Tu és um louco e eu sou uma louca por te ver, e querer que tu deixes de ser um louco, onde nada pode fazer isso a não ser no dia em que tu me deixes entrar novamente, nessa tua loucura de ser.
Uma loucura, que pode se transformar naquilo que tu terminantemente, negas que existe e que está lá! Portanto, eu sou mais louca que tu, ao achar que tu vais deixar de ser louco!!!!
Tu já não me vês... És louco!!! Eu já não te quero ver, mas quero te ver, estou louca!!!! Como me deixei contaminar pela tua loucura?! Como isso foi possível?! Eu sou mais que a tua loucura, que a minha loucura!!!
Tu levaste-me a olhar só para a tua loucura, como se o mundo se tivesse tornado na tua loucura e, consequentemente na minha!! O mundo é mais que as nossas loucuras, mas ao mesmo tempo, são precisas...!
De que forma, é que tu me vais deixar entrar? De que forma, eu te vou deixar entrar? De que forma vamos deixar de ser loucos? Como seremos, sem a nossa loucura que nos abrange todos os dias, que nos envolve? Tu não vês, além de louco, tornaste-te em alguém com uma visão parcial, tão diminuída, que já nem te reconheço dessa forma...! Tu queres que eu passe a ver da mesma forma que tu vês, mas eu não quero, nem posso deixar que isso aconteça...! Eu quero te ver, e ao tempo que te estou a ver não te quero ver, mas quero poder ver um mundo para além da loucura, da tua loucura, da minha loucura!!!
Como é que o nosso ser se tornou tão louco?! Quero uma explicação, e tu deves-me essa explicação!! Fiquei tão louca como tu, por tu partilhares comigo a tua visão de loucura sobre o teu próprio ser...!!!
Tu queres entrar? Eu quero entrar? Será que vamos procurar sempre uma entrada, e ela vai estar à nossa frente e nós a vamos ignorar dia após dia?! É isso que nos espera?! Tu vais ficar cego de vez, e eu vou te acompanhar nessa cegueira?! Será isso?!
Precisas que olhe para ti e te diga: "Estas louco!"!!! Preciso que olhes para mim e digas: "Estas louca!"!!! Diz-me, isto alguma vez vai acontecer?! Deixa de lado esses silêncios glaciares, pois tu tens palavras dentro de ti, e diz...
Não vou esperar pelas tuas palavras...! A espera contínua cansa, tudo tem o seu limite, sabias disso não sabias?!

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