Partilhar...!
Tem um significado grandioso, a sua parte teórica é bastante fácil! A parte mais difícil vem, quando se tenta aplicar esta teoria, transformando-a em prática... Faltam as palavras, pensa-se que não existe a pessoa certa para isso, que partilhar não vai levar a lado nenhum... Existe medo em partilhar!!!
Tenta-se, pensa-se nisso várias vezes, acha-se sempre é hoje, mas esse hoje transforma-se no amanhã, no depois e depois... Não acontece... Então começam a vir os auto-enganos, não é preciso partilhar, não agora, "porque eu consigo aguentar!", "vou ter novas energias", e assim começa-se a acumular e acumular, sem se saber onde começa o quê e onde acaba...
Só se dá conta, no dia em que já não houver mais energias... Para aguentar os dias, os segundos, minutos, horas, seja necessário mentir aos outros, a nós próprios, que tudo esta bem, não se está a desabar...
O desabar não é externo, mas sim um desabar interno tão profundo, tão intenso!!! Não se sabe o porque, não se quer encontrar respostas, o que mais se quer é encontrar uma forma de esvaziar, de um enorme e profundo alívio...! Não interessa como, mas é isso que se pretende!!! Na maior parte das vezes, não se pensa em partilhar com as outras pessoas, tenta-se encontrar momentos íntimos e privados para ir ao encontro do alívio e da calma interior... São consequentemente, enganadores e ainda mais destruidores, do que aquele momento em que se decidiu não partilhar e ser "como uma fortaleza"... Nesses momentos íntimos e privados, nada disso interessa, não se pensa nisso, só se pensa no que esta a sair, o alívio que provoca, que não precisamos de ninguém, conseguimos fazer isso sozinhos, no final chega a paz que é a recompensa daquele momento e de todos os momentos vividos em silêncio e em sofrimento... É neste momento, que me desiludi a mim própria...
Todos os momentos em que podia ter partilhado com alguém, não os partilhei, optei por guardar e nada fazer e deixar acumular e acumular... Desiludi-me e desiludi-te!!!
Esses momentos, destruíram-me ainda mais, mas não sei parar, não sei como se faz...! Por muito que tente, volto sempre a esses momentos, porque o medo de partilhar frente a frente a alguém, é enorme...! Às vezes, talvez não consiga, não queira, não me permita a isso...!
Até quando esses momentos?!
Partilhar com alguém é tão importante, saber que esse alguém está lá e nos ouve, sem nos julgar por todos os nossos pensamentos, actos e atitudes... O seu silêncio, perante todas as nossas partilhas, tornam-se mais importantes que todos aqueles momentos íntimos!!! Mas tornaram-se um vício, um modo de vida!!!
Partilhar e partilhar...!!! Eu...?!
Estou desiludida comigo própria e nada pode mudar isso...! Ninguém!!!
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
domingo, 20 de novembro de 2011
Ódio
Ódio por ti!!! Ódio por mim!!! Tanto ódio misturado, como se tornou num emaranhado de sentimentos tão negativos, onde o que predomina mais é o ódio que sinto, por ti, por mim, por nós!!! Não imaginas a intensidade deste meu ódio!!! Não tem início, como não tem um fim, simplesmente está lá, e tu provocas com que exista mais e mais...
Sentimento tão válido, tão meu, que cresce, se esconde dentro de mim, e ao mesmo tempo me destrói consistentemente...!!! Não me é possível parar de odiar, porque não me encontro em mim, vivo os sentimentos que guardei de outrora... Quero te culpar por os sentir, por os ter guardado em mim, por não me deixares libertar os meus sentimento, o ódio instalado dentro de mim!!! Não te posso culpar, mas quero tanto te culpar por isso!!! Não posso!!! Não posso!!! Só te posso odiar mais e mais, mas nunca te culpar por ter os sentimentos guardados dentro de mim, por nunca ter tido a coragem de resolver as situações subjacentes ao ódio... Tive o poder da escolha, entre resolver ou guardar, e a minha escolha foi mesmo guardar, sem nada resolver... Acumulei, guardei, cresceu, esta dentro de mim, e eu preciso de os libertar!!!
Não sei como os posso libertar, não sei como se liberta ódio acumulado, nunca soube! Nunca aprendi, nunca quis aprender, só guardar para mim... Só consigo saber e sentir o quanto estou destruída todos os dias por esses sentimentos... Sou eu que me destruo a mim própria, mas tu também vês o quanto me estou a destruir e nada fazes... Não consigo perceber!!! Deixas-me sozinha nestes momentos mais difíceis, onde o que mais preciso é de ti, mesmo com todo o ódio por ti, preciso de ti, preciso dos teus abraços que me confortam e consolam, onde me fazem esquecer do mundo, onde me sinto, te sinto, onde tudo pará...
Odeio-te por me deixares assim!!! Odeio-te!!! Odeio-te!!!!
Este ódio, além de me estar a levar a ruptura, está a levar-me a um lado sombrio. A minha vida esta a ficar sombria, com tão pouca luz! Mal a consigo ver, de tão longe que se encontra!!! Odeio-me mais e mais por estar a sentir isto, por não saber o que fazer, por não ver!!! Odeio-me!!! Odeio-me!!!
Quantas vezes mais preciso de dizer odeio-me, para tu vires?! Mas tu vens?! Não acredito mais em ti...!
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Sonhos... Pesadelos... Realidade...
A vida que se depara perante os meus olhos, tem momentos em que não parece ser a minha vida!!! Como se a vida que ali se deparasse perante mim, fosse um sonho, que muitas vezes se transforma num pesadelo, mas que no fundo será a minha realidade ...
Como se torna uma vida num sonho? De um sonho passa a pesadelo, como? Porque fujo da minha própria realidade?!
Em que momento, altura da vida, decidi, escolhi, que a melhor opção era negar que aquela era a minha vida? Será que é possível encontrar esse momento exacto?!?!
A vida que se depara diante de mim, não me pertence, pois não é real, é um sonho, é o meu pesadelo diário, pois não sei de que forma é que volto para realidade!!! Será que me é possível voltar à realidade? Ou será que eu quero mesmo voltar?
Se passei de uma vida de realidade, para uma vida em sonho, qual é que me faz sentido viver, neste preciso momento? Estará presente em mim, essa escolha, ou o que mais emana de dentro de mim, é que não quero nenhuma? Como me sinto confusa... Confusa, como se a vida me tivesse enganado...! Perdi-me em mim...
Perdi-me em mim!!!! Como isto é estranho, nunca achei possível me perder, muito menos perder-me dentro de mim... A vida mostrava-se tão perfeita, nunca um momento sombrio, eu estava a viver um sonho... E este sonho, é um pesadelo!!! Pesadelo, que não me leva a querer entrar na realidade, pois já não sei qual a realidade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Como vou descobrir qual a realidade?! Eu não sei, não sei, não sei!!! Já não sei o que é realidade, o que é sonho, mas sei o que é o pesadelo! Encontro-me dentro de um pesadelo, de confusões, completamente perdida!
Será esta realidade/sonho que me espera? Vou ter de continuar a viver assim? Perdida, confusa, sem saber em que momento me encontro a viver?! Não quero...
Procura-se algo, o quê?! Procuro-me dentro de mim, e onde estou? Não sei, não me consigo encontrar...
Perdi-me para sempre...
Como se torna uma vida num sonho? De um sonho passa a pesadelo, como? Porque fujo da minha própria realidade?!
Em que momento, altura da vida, decidi, escolhi, que a melhor opção era negar que aquela era a minha vida? Será que é possível encontrar esse momento exacto?!?!
A vida que se depara diante de mim, não me pertence, pois não é real, é um sonho, é o meu pesadelo diário, pois não sei de que forma é que volto para realidade!!! Será que me é possível voltar à realidade? Ou será que eu quero mesmo voltar?
Se passei de uma vida de realidade, para uma vida em sonho, qual é que me faz sentido viver, neste preciso momento? Estará presente em mim, essa escolha, ou o que mais emana de dentro de mim, é que não quero nenhuma? Como me sinto confusa... Confusa, como se a vida me tivesse enganado...! Perdi-me em mim...
Perdi-me em mim!!!! Como isto é estranho, nunca achei possível me perder, muito menos perder-me dentro de mim... A vida mostrava-se tão perfeita, nunca um momento sombrio, eu estava a viver um sonho... E este sonho, é um pesadelo!!! Pesadelo, que não me leva a querer entrar na realidade, pois já não sei qual a realidade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Como vou descobrir qual a realidade?! Eu não sei, não sei, não sei!!! Já não sei o que é realidade, o que é sonho, mas sei o que é o pesadelo! Encontro-me dentro de um pesadelo, de confusões, completamente perdida!
Será esta realidade/sonho que me espera? Vou ter de continuar a viver assim? Perdida, confusa, sem saber em que momento me encontro a viver?! Não quero...
Procura-se algo, o quê?! Procuro-me dentro de mim, e onde estou? Não sei, não me consigo encontrar...
Perdi-me para sempre...
O dia em que desisti
Palavra desistir nunca teve grande sentido para mim, até ao dia em que desisti, e teve um impacto enorme em mim!!! Desisti?
Desisti de ti, de mim, do mundo!!!! Nada mais fazia sentido, nada era complacente comigo, tu não estavas lá, eu não estava, não havia nada!!! Desisti!!! Desisti de ti e não te deste conta do quanto isso me afectou!!! Não viste que eu, ao desistir de ti, estava a desistir de mim?! Tu não vês nada, não queres ver, não sentes!!! Não compreendes o que é a vida, quem sou, o quanto o desistir significa para mim!! Tu não estavas lá! Tu queres lá estar, mas não queres estar!!! Eu desisti, desisti, e desisti!!! Percebes isso?! Já não sei quem sou, perdi-me, porque nunca desisti, não sabia o que era desistir, e estou perdida num mundo sem sentido, que não me pertence!!! Eu não pertenço a este mundo, desisto do mundo!!
Todo o meu "eu", se encontra em ruptura, levaste-me por caminhos que eu não conheço, não sei onde estou, não sei quem sou, não sei o que faço aqui... Qual o meu papel?! Olho, e já não me vejo... Vejo uma sombra de quem era!!!! A pessoa que fui, já não sou mais, sou uma mera sombra num mundo que te pertence, mas que não me quer e não me vai pertencer mais... A pessoa que gostava da vida, que queria, procurava mais, já não existe, não há sentido, há vazio, há desilusão, há raiva, e não existes!!!
Porque me fizeste isto?! Porque me levaste a desistir de ti, se sabias que ia desistir de mim?!
A esperança de uma vida, tornou-se numa desistência de vida... Mas isto é vida?! Eu, viver assim?! A desistir todos os dias, mais e mais? A perder a vida por entre os meus dedos? A deixar fugir todos os meus sonhos? Eu não consigo estar assim... Quero que voltes!! Quero te sentir, quero me sentir!!! Já não me sinto, sou oca, sou um objecto estranho, sou uma forma de vida sem consistência... Não sou "eu"...
Tu fizeste com que eu desse significado à palavra desistir!!! Eu nunca te pedi isso, sabias que era algo que eu não queria nunca saber o significado... Sabias o quanto eu era apaixonada pela vida, pelo mundo!! A forma como eu via o mundo, desapareceu...
Desisti de mim, mas porque isso teve ser a consequência de desistir de ti?! Quem és tu?! Será que agora quero saber? Valerá a pena?! Já não vale, talvez no início...
Como me enganaste com todas as tuas palavras, os teus gestos, os momentos em que me surpreendias contigo mesmo!!! Não te conheço, não sei quem és!!! Não és quem eu conheci, não podes ser!!!!!!!!!!!!!!
Eu não quero levar uma vida oca, ter um sombra de vida, não ter mundo...
Quero me ter de volta!!! Quero te ter de volta!!!
Quem sou eu?! Diz-me!!! E eu, preciso de te dizer em quem te tornaste...
Desisti de ti, de mim, do mundo!!!! Nada mais fazia sentido, nada era complacente comigo, tu não estavas lá, eu não estava, não havia nada!!! Desisti!!! Desisti de ti e não te deste conta do quanto isso me afectou!!! Não viste que eu, ao desistir de ti, estava a desistir de mim?! Tu não vês nada, não queres ver, não sentes!!! Não compreendes o que é a vida, quem sou, o quanto o desistir significa para mim!! Tu não estavas lá! Tu queres lá estar, mas não queres estar!!! Eu desisti, desisti, e desisti!!! Percebes isso?! Já não sei quem sou, perdi-me, porque nunca desisti, não sabia o que era desistir, e estou perdida num mundo sem sentido, que não me pertence!!! Eu não pertenço a este mundo, desisto do mundo!!
Todo o meu "eu", se encontra em ruptura, levaste-me por caminhos que eu não conheço, não sei onde estou, não sei quem sou, não sei o que faço aqui... Qual o meu papel?! Olho, e já não me vejo... Vejo uma sombra de quem era!!!! A pessoa que fui, já não sou mais, sou uma mera sombra num mundo que te pertence, mas que não me quer e não me vai pertencer mais... A pessoa que gostava da vida, que queria, procurava mais, já não existe, não há sentido, há vazio, há desilusão, há raiva, e não existes!!!
Porque me fizeste isto?! Porque me levaste a desistir de ti, se sabias que ia desistir de mim?!
A esperança de uma vida, tornou-se numa desistência de vida... Mas isto é vida?! Eu, viver assim?! A desistir todos os dias, mais e mais? A perder a vida por entre os meus dedos? A deixar fugir todos os meus sonhos? Eu não consigo estar assim... Quero que voltes!! Quero te sentir, quero me sentir!!! Já não me sinto, sou oca, sou um objecto estranho, sou uma forma de vida sem consistência... Não sou "eu"...
Tu fizeste com que eu desse significado à palavra desistir!!! Eu nunca te pedi isso, sabias que era algo que eu não queria nunca saber o significado... Sabias o quanto eu era apaixonada pela vida, pelo mundo!! A forma como eu via o mundo, desapareceu...
Desisti de mim, mas porque isso teve ser a consequência de desistir de ti?! Quem és tu?! Será que agora quero saber? Valerá a pena?! Já não vale, talvez no início...
Como me enganaste com todas as tuas palavras, os teus gestos, os momentos em que me surpreendias contigo mesmo!!! Não te conheço, não sei quem és!!! Não és quem eu conheci, não podes ser!!!!!!!!!!!!!!
Eu não quero levar uma vida oca, ter um sombra de vida, não ter mundo...
Quero me ter de volta!!! Quero te ter de volta!!!
Quem sou eu?! Diz-me!!! E eu, preciso de te dizer em quem te tornaste...
Busca
Procurar, encontrar... Parecem tão fáceis, mas na realidade de fácil, não possuem nada...! Quando se decide fazer uma busca interior, olhar para a alma que nos acompanha todos os dias, a nossa, torna-se tão difícil de prosseguir, de começar!!! Até essa altura, tudo parece tão certo, o caminho está feito, o crescimento encontra-se pleno, não é preciso mais nada... Que erro!!! O medo da procura, dos desafios pela busca de nós próprios, leva-nos a acreditar que não é necessário mais nada, tudo está "perfeito"!!! Busca por nós próprios, é das buscas mais difíceis que existem e com o seu lado de sofrimento... Por isso, existe tanta hesitação, medo, receio, negação, para a fazer...
Não é possível partir para uma busca interior, ao se achar que vai ser fácil, que os caminhos se encontram livres, não existe isso!!!
A busca tem o seu início, mas encontrar o seu fim é sempre mais complicado... Talvez não seja preciso encontrar um fim, pois nós não temos um fim delimitado, há sempre crescimento pessoal.... No meio dessa busca, talvez o fim não seja assim tão importante, o mais importante é o nos encontrarmos dentro de nós. Ouvirmos, sentirmos, compreendermos, quem somos! Chegar aqui vai levar o seu tempo, mas é das jornadas de vida interior, mais emocionantes que pode existir! É uma jornada de vida, de luta, de conquista, de ódios, de amor, de desespero, mas em cada um desses momentos somos nós, não existe mais ninguém na expectativa de se ter esses momentos, são próprios, cada um com uma intensidade, sentidos diferentes, que vão levar a novas visões próprias, a novas visões do outro...A acreditar que existe uma vida, uma alma, um ser que tem um lugar no mundo, que pertence, que o maior sentido de vida que pode ter, é o seu próprio sentido.
Quantas vezes percorremos um caminho, e sem saber ao certo que caminho é aquele, o que podemos encontrar... Podemos nos deparar com uma bifurcação, um caminho sem saída, uma ponte, e temos a possibilidade de escolha. Na busca própria, acontece o mesmo, vamos nos deparar com os mesmos caminhos e escolhas, e numa dessas escolhas o sentimento que flui é de que se bateu contra uma parede e não existe saída, será que não?! Existe saída, perceber que se errou, mas que se aprendeu com aquele erro, e saber dar a volta, voltando para trás e percorrer novo caminho, até ao caminho que nos vai levar a nós. Não tem de ser o caminho perfeito, o mais bonito, o mais iluminado, brilhante, pode ser cheio de curvas, momentos sombrios, sem luz, mas será aquele que leva à realidade, pois vai-se aprendendo, compreendendo, percebendo que não somos perfeitos, que nem sempre existe luz à volta, mas dá-se passos para se continuar...
Podemos nos deparar com momentos de angústia, desespero, vontade de desistir, mas por um momento vem tudo o que já foi conquistado até ali, que encontra-se forças para continuar. Talvez com passos mais pequenos, mas são passos dados, com insegurança, com o medo de voltar a sentir o mesmo, mas são sentimentos tão válidos, que são esses momentos que nos levam a nos sentir verdadeiramente...
É um caminho único, que o maior "perigo" que pode existir, somos nós! Não existe outro perigo, ameaça, a não ser a nossa própria, o bloquear, o desistir, porque está a demorar, a ser doloroso, mas porque não se pensa antes: "Será que não tem de ser assim?"...
Ter a vida na mão, viver dia após dia, no meio de pessoas, existir relação com os outros, mas será que existe relação própria?! Existe uma relação própria, profunda e verdadeira connosco?! Ou será uma relação de mentiras, negações, vazios, falsa, superficial?! Será isso que pretendemos ter ao longo da vida? Sentir um vazio de alma, dia após dia, ano após ano?! Não perceber o que se passa; que vazio é este que me persegue?!
Somos pessoas e não devemos ser ocas, vazias, inertes a nós próprios... Mas será que estamos preparados para essa busca?
Queremos ver? Sentir? Experienciar? Partir à busca daquilo que não se vê?!
Não é possível partir para uma busca interior, ao se achar que vai ser fácil, que os caminhos se encontram livres, não existe isso!!!
A busca tem o seu início, mas encontrar o seu fim é sempre mais complicado... Talvez não seja preciso encontrar um fim, pois nós não temos um fim delimitado, há sempre crescimento pessoal.... No meio dessa busca, talvez o fim não seja assim tão importante, o mais importante é o nos encontrarmos dentro de nós. Ouvirmos, sentirmos, compreendermos, quem somos! Chegar aqui vai levar o seu tempo, mas é das jornadas de vida interior, mais emocionantes que pode existir! É uma jornada de vida, de luta, de conquista, de ódios, de amor, de desespero, mas em cada um desses momentos somos nós, não existe mais ninguém na expectativa de se ter esses momentos, são próprios, cada um com uma intensidade, sentidos diferentes, que vão levar a novas visões próprias, a novas visões do outro...A acreditar que existe uma vida, uma alma, um ser que tem um lugar no mundo, que pertence, que o maior sentido de vida que pode ter, é o seu próprio sentido.
Quantas vezes percorremos um caminho, e sem saber ao certo que caminho é aquele, o que podemos encontrar... Podemos nos deparar com uma bifurcação, um caminho sem saída, uma ponte, e temos a possibilidade de escolha. Na busca própria, acontece o mesmo, vamos nos deparar com os mesmos caminhos e escolhas, e numa dessas escolhas o sentimento que flui é de que se bateu contra uma parede e não existe saída, será que não?! Existe saída, perceber que se errou, mas que se aprendeu com aquele erro, e saber dar a volta, voltando para trás e percorrer novo caminho, até ao caminho que nos vai levar a nós. Não tem de ser o caminho perfeito, o mais bonito, o mais iluminado, brilhante, pode ser cheio de curvas, momentos sombrios, sem luz, mas será aquele que leva à realidade, pois vai-se aprendendo, compreendendo, percebendo que não somos perfeitos, que nem sempre existe luz à volta, mas dá-se passos para se continuar...Podemos nos deparar com momentos de angústia, desespero, vontade de desistir, mas por um momento vem tudo o que já foi conquistado até ali, que encontra-se forças para continuar. Talvez com passos mais pequenos, mas são passos dados, com insegurança, com o medo de voltar a sentir o mesmo, mas são sentimentos tão válidos, que são esses momentos que nos levam a nos sentir verdadeiramente...
É um caminho único, que o maior "perigo" que pode existir, somos nós! Não existe outro perigo, ameaça, a não ser a nossa própria, o bloquear, o desistir, porque está a demorar, a ser doloroso, mas porque não se pensa antes: "Será que não tem de ser assim?"...
Ter a vida na mão, viver dia após dia, no meio de pessoas, existir relação com os outros, mas será que existe relação própria?! Existe uma relação própria, profunda e verdadeira connosco?! Ou será uma relação de mentiras, negações, vazios, falsa, superficial?! Será isso que pretendemos ter ao longo da vida? Sentir um vazio de alma, dia após dia, ano após ano?! Não perceber o que se passa; que vazio é este que me persegue?!
Somos pessoas e não devemos ser ocas, vazias, inertes a nós próprios... Mas será que estamos preparados para essa busca?
Queremos ver? Sentir? Experienciar? Partir à busca daquilo que não se vê?!
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Loucura ?!
Loucura de um ser, é tudo aquilo que não queremos ver, mas que vemos todos os dias! Eu vejo a loucura do teu ser, como tu vês a minha loucura e nada dizemos, pois temos medo da loucura, que nos envolve.
Loucura...? Medo...?
A tua loucura, assusta-me...
A minha loucura assusta-te...
Nós temos medo de nós próprios, pois não sabemos quem somos no meio da nossa loucura de ser...
Eu vejo-te a passar dia após dia, onde não te vejo, só uma loucura abundante... Nada mais me deixa sem palavras, sem encontrar um sentido na minha própria visão, ao ver que tu és um louco...! Tornaste-te um louco, no dia em que deixaste de te ver, de teres aquelas palavras que só tu sabias dizer naqueles momentos, dos teus silêncios acolhedores vieram uns silêncios glaciares... Tu és um louco e eu sou uma louca por te ver, e querer que tu deixes de ser um louco, onde nada pode fazer isso a não ser no dia em que tu me deixes entrar novamente, nessa tua loucura de ser.
Uma loucura, que pode se transformar naquilo que tu terminantemente, negas que existe e que está lá! Portanto, eu sou mais louca que tu, ao achar que tu vais deixar de ser louco!!!!
Tu já não me vês... És louco!!! Eu já não te quero ver, mas quero te ver, estou louca!!!! Como me deixei contaminar pela tua loucura?! Como isso foi possível?! Eu sou mais que a tua loucura, que a minha loucura!!!
Tu levaste-me a olhar só para a tua loucura, como se o mundo se tivesse tornado na tua loucura e, consequentemente na minha!! O mundo é mais que as nossas loucuras, mas ao mesmo tempo, são precisas...!
De que forma, é que tu me vais deixar entrar? De que forma, eu te vou deixar entrar? De que forma vamos deixar de ser loucos? Como seremos, sem a nossa loucura que nos abrange todos os dias, que nos envolve? Tu não vês, além de louco, tornaste-te em alguém com uma visão parcial, tão diminuída, que já nem te reconheço dessa forma...! Tu queres que eu passe a ver da mesma forma que tu vês, mas eu não quero, nem posso deixar que isso aconteça...! Eu quero te ver, e ao tempo que te estou a ver não te quero ver, mas quero poder ver um mundo para além da loucura, da tua loucura, da minha loucura!!!
Como é que o nosso ser se tornou tão louco?! Quero uma explicação, e tu deves-me essa explicação!! Fiquei tão louca como tu, por tu partilhares comigo a tua visão de loucura sobre o teu próprio ser...!!!
Tu queres entrar? Eu quero entrar? Será que vamos procurar sempre uma entrada, e ela vai estar à nossa frente e nós a vamos ignorar dia após dia?! É isso que nos espera?! Tu vais ficar cego de vez, e eu vou te acompanhar nessa cegueira?! Será isso?!
Precisas que olhe para ti e te diga: "Estas louco!"!!! Preciso que olhes para mim e digas: "Estas louca!"!!! Diz-me, isto alguma vez vai acontecer?! Deixa de lado esses silêncios glaciares, pois tu tens palavras dentro de ti, e diz...
Não vou esperar pelas tuas palavras...! A espera contínua cansa, tudo tem o seu limite, sabias disso não sabias?!
Loucura...? Medo...?
A tua loucura, assusta-me...
A minha loucura assusta-te...
Nós temos medo de nós próprios, pois não sabemos quem somos no meio da nossa loucura de ser...
Eu vejo-te a passar dia após dia, onde não te vejo, só uma loucura abundante... Nada mais me deixa sem palavras, sem encontrar um sentido na minha própria visão, ao ver que tu és um louco...! Tornaste-te um louco, no dia em que deixaste de te ver, de teres aquelas palavras que só tu sabias dizer naqueles momentos, dos teus silêncios acolhedores vieram uns silêncios glaciares... Tu és um louco e eu sou uma louca por te ver, e querer que tu deixes de ser um louco, onde nada pode fazer isso a não ser no dia em que tu me deixes entrar novamente, nessa tua loucura de ser.
Uma loucura, que pode se transformar naquilo que tu terminantemente, negas que existe e que está lá! Portanto, eu sou mais louca que tu, ao achar que tu vais deixar de ser louco!!!!
Tu já não me vês... És louco!!! Eu já não te quero ver, mas quero te ver, estou louca!!!! Como me deixei contaminar pela tua loucura?! Como isso foi possível?! Eu sou mais que a tua loucura, que a minha loucura!!!
Tu levaste-me a olhar só para a tua loucura, como se o mundo se tivesse tornado na tua loucura e, consequentemente na minha!! O mundo é mais que as nossas loucuras, mas ao mesmo tempo, são precisas...!
De que forma, é que tu me vais deixar entrar? De que forma, eu te vou deixar entrar? De que forma vamos deixar de ser loucos? Como seremos, sem a nossa loucura que nos abrange todos os dias, que nos envolve? Tu não vês, além de louco, tornaste-te em alguém com uma visão parcial, tão diminuída, que já nem te reconheço dessa forma...! Tu queres que eu passe a ver da mesma forma que tu vês, mas eu não quero, nem posso deixar que isso aconteça...! Eu quero te ver, e ao tempo que te estou a ver não te quero ver, mas quero poder ver um mundo para além da loucura, da tua loucura, da minha loucura!!!
Como é que o nosso ser se tornou tão louco?! Quero uma explicação, e tu deves-me essa explicação!! Fiquei tão louca como tu, por tu partilhares comigo a tua visão de loucura sobre o teu próprio ser...!!!
Tu queres entrar? Eu quero entrar? Será que vamos procurar sempre uma entrada, e ela vai estar à nossa frente e nós a vamos ignorar dia após dia?! É isso que nos espera?! Tu vais ficar cego de vez, e eu vou te acompanhar nessa cegueira?! Será isso?!
Precisas que olhe para ti e te diga: "Estas louco!"!!! Preciso que olhes para mim e digas: "Estas louca!"!!! Diz-me, isto alguma vez vai acontecer?! Deixa de lado esses silêncios glaciares, pois tu tens palavras dentro de ti, e diz...
Não vou esperar pelas tuas palavras...! A espera contínua cansa, tudo tem o seu limite, sabias disso não sabias?!
O início de um fim
Quantas vezes te amei, quantas vezes me amaste e quantas vezes não te amei!!! De todas essas vezes, onde me encontrava, onde tu te encontravas? Onde estávamos? Percorremos um caminho sem fim, sem limitações, mas encontramos a nossa própria limitação quando nada se esperava ir contra o nosso caminho, o nosso próprio vazio...!
Uma alma vazia, que num simples momento se tornou num mundo vazio, onde nada conseguia entrar, sair, o vazio instalou-se no meio de um caminho cheio de partilhas, de risos e momentos de "ligação" sem palavras! Uma alma vazia que tomou conta de ti, tomou conta de mim, tomou conta de nós até ao nosso mais infinito momento de partilha, onde nem o amar tinha sentido! O amar tornou-se num vazio, era tão oco, não sentias e eu deixei de te sentir como antes te sentia, sem não precisar de te ver!
Como essa situação se apoderou de nós?! Onde nada previa que isso fosse acontecer! Todas as vezes que te amei, nunca te amei! Amavas-me, eu amava-te, mas não nós amava-mos! Todo o nosso caminho foi paradoxo, um sem fim de enganos...
Percebes-te o dia em que te disse que amava, mas que não te amava?!
Eu percebi o dia em que todas as tuas palavras, para mim era um eco oco sem fim... Nada me podias dizer, as tuas palavras, estavam vazias, os teus silêncios eram cheios!! Os teus silêncios tornaram-se como a tua afirmação perante o paradoxo que se tornou o nosso caminho...
O nosso caminho partilhado, caminho de emoção, tornou-se num caminho separado, onde nós nada tínhamos a ver com o outro, onde tudo não passou de um sonho, de uma ilusão!!!
Uma ilusão tem o seu início, onde tudo tem a possibilidade de crescer, e nós crescemos, todos os dias eram dias de crescimento, de uma ilusão sem fim, até ao dia que nos deparámos com um vazio avassalador!!! Fui eu que criei! Foste tu que o criaste! Fomos nós que o mantemos! Optámos por uma ilusão, por um caminho sem fim, sem limitações, era o que significava para nós!!! Como estávamos enganados!
Ilusão que eu criei, ilusão que tu criaste!!!!
O nosso caminho só pode ser separado!!! O voltar a criar um caminho, só nos vai levar a mais uma ilusão, a mais um vazio avassalador, e as nossas almas não aguentam com mais vazios como este que temos perante nós agora...!
Que somos nós agora?! Quem somos?! Para onde caminhamos?!
Será que eu sei? Será que tu sabes?
Uma alma vazia, que num simples momento se tornou num mundo vazio, onde nada conseguia entrar, sair, o vazio instalou-se no meio de um caminho cheio de partilhas, de risos e momentos de "ligação" sem palavras! Uma alma vazia que tomou conta de ti, tomou conta de mim, tomou conta de nós até ao nosso mais infinito momento de partilha, onde nem o amar tinha sentido! O amar tornou-se num vazio, era tão oco, não sentias e eu deixei de te sentir como antes te sentia, sem não precisar de te ver!
Como essa situação se apoderou de nós?! Onde nada previa que isso fosse acontecer! Todas as vezes que te amei, nunca te amei! Amavas-me, eu amava-te, mas não nós amava-mos! Todo o nosso caminho foi paradoxo, um sem fim de enganos...
Percebes-te o dia em que te disse que amava, mas que não te amava?!
Eu percebi o dia em que todas as tuas palavras, para mim era um eco oco sem fim... Nada me podias dizer, as tuas palavras, estavam vazias, os teus silêncios eram cheios!! Os teus silêncios tornaram-se como a tua afirmação perante o paradoxo que se tornou o nosso caminho...
O nosso caminho partilhado, caminho de emoção, tornou-se num caminho separado, onde nós nada tínhamos a ver com o outro, onde tudo não passou de um sonho, de uma ilusão!!!
Uma ilusão tem o seu início, onde tudo tem a possibilidade de crescer, e nós crescemos, todos os dias eram dias de crescimento, de uma ilusão sem fim, até ao dia que nos deparámos com um vazio avassalador!!! Fui eu que criei! Foste tu que o criaste! Fomos nós que o mantemos! Optámos por uma ilusão, por um caminho sem fim, sem limitações, era o que significava para nós!!! Como estávamos enganados!
Ilusão que eu criei, ilusão que tu criaste!!!!
O nosso caminho só pode ser separado!!! O voltar a criar um caminho, só nos vai levar a mais uma ilusão, a mais um vazio avassalador, e as nossas almas não aguentam com mais vazios como este que temos perante nós agora...!
Que somos nós agora?! Quem somos?! Para onde caminhamos?!
Será que eu sei? Será que tu sabes?
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