terça-feira, 26 de junho de 2012

A percepção...

Uma realidade não existe, não pode existir...! Existe várias percepções da mesma realidade, e todas essas percepções acabam sempre por se transformar em mágoa, em dor e sofrimento...! Pois nada é fácil, e simples, existe sempre algo que atrapalha, que se vai colocar no caminho e à qual não sabemos a resposta, torna-se um caminho de incompreensão puro...! Geram-se tantas questões, mas nenhuma delas sem um única resposta plausível, nada existe!!! Talvez esse "nada existe", tenha mesmo de existir!!! O que outrora existiu, já não o porquê de existir, perdeu-se na sua própria linha temporal, e outras coisas também se estejam a perder, onde já não existe total significado em existir, a sua essência de existência está a se perder dia após dia...
Uma existência que se transforma em pesadelo, em constantes desilusões não é uma existência, é sim uma desistência de uma vida que se desenrola perante os nossos olhos...! Ultrapassar as desilusões de uma vida, não é fácil, não é um caminho seguro de se percorrer, é um contraste daquilo que nunca se quis ver, e se é obrigado a ver, por já não haver outra possibilidade e isso vai "destruir" o interior de uma pessoa, vai torná-la descrente de si própria...! Até quando uma vida com constantes perdas e desilusões?
Nada leva a crer que a vida passe a ter novas percepções positivas...! Há coisas que deviam ser para esquecer, mas que acabam por ganhar "terreno" e ficam "plantadas" dentro de nós...! E são tão destruidoras!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O que é a verdade?

Será que eu sei qual a definição de verdade? Compreenderei o seu sentido e plenitude? Saberei distinguir a verdade que aparece em frente aos meus olhos, da mentira dita pelas tuas palavras?!
A verdade possui um valor tão subjectivo, pois para ser dita em toda a sua intensidade há sempre um pensamento de se esta a fazer bem ou não, se realmente faz sentido dizer o que para mim é verdade... O que é verdade para mim, pode não ser verdade para ti! E o que vamos fazer? Como nos vamos entender, compreender o que esta ser dito? Se já não sabemos distinguir a verdade, do que dizemos, como podemos ter algo?!
De que forma posso eu confiar em ti? Tal e qual, de que forma tu podes confiar em mim? O que nos faz continuar a ter partilhas, momentos de diversão, inesquecíveis se no final, eu já não sei o que é verdade...! Adoro os momentos que existem, isso é verdade, é sentido! Mas não sei se eles são verdadeiros, determinados momentos fazem-me duvidar disso...! Não sei...! Perdi o sentido da verdade, o seu significado... Não o encontro em ti, nem o consigo encontrar em mim... Que aconteceu?
Nós estamos a viver um teatro, de onde nenhum dos dois quer sair, não sabe falar, sabe expressar... Só sabemos não dizer o que sentimos, o que é nosso, já não sabemos o que é a verdade...!
O que é a verdade?! Onde se encontra?! Não tenho resposta... Não agora....!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Rock Bottom

Quando é se percebe que se chegou ao fundo?! Quando?! No dia em que fazemos, aquilo que nunca se espera que se faça, se acha impossível de se vir a fazer e um dia acaba-se por fazer, sem colocar uma única questão!!! O fundo parece longe, mas está tão perto, mas tão perto que se vai ao encontro dele com a maior das facilidades...!
Esse dia chegou...! O rock bottom apareceu, veio para ficar, foi consciente e inconsciente, foi permissivo e destruidor...! Veio sem avisar, simplesmente apareceu e a queda foi dolorosa, e ainda dói...! Bater no fundo é algo que não se deseja, não se quer, o pensamento vai sempre para que nunca vai acontecer, e acontece de uma forma abrupta e com imenso sofrimento...
Foge-se da queda, mas acabamos por cair...
Até quando?!
Dói... Dói... Dói....
Ninguém pode fazer nada...!!! O fundo é doloroso...!

domingo, 11 de dezembro de 2011

Sofrimento

Quantas vezes se acha que estamos bem, e na realidade não estamos?!
Nos deixamos consumir diariamente, pelo nosso interior em sofrimento, que se encontra despedaçado dia após dia, mas acaba-se por mostrar o exterior mais bonito e radiante que possa existir!!! Consome tanta energia esta nossa negação ao nosso próprio sofrimento, mas continua-se dia após dia, semana, mês, anos e anos, não se pará, pois o parar vai significar o ter de aceitar e perceber que na realidade não se está nem nunca se esteve bem!!!                  
 
A vida deixa de ser vivida, passa a ser uma história de sobrevivência, de enganos, de tentar ficar sempre à superfície, de nunca "bater no chão"... O sofrimento está lá, a dor encontra-se enraizada, em profunda evolução, e onde se está no meio disto? Tenta-se não estar...! Como?! 
Com convicções diárias de que nada nos afecta, que somos a "fortaleza" das emoções, que se controla o que entra e sai, nada nos vai fugir do controlo... Onde nos vamos deparar com momentos, situações, em que se pensa, questiona, "que estou aqui a fazer?", "que me está acontecer?", "quero desaparecer!!!", mas não queremos encontrar resposta, nem tentar perceber o que se está realmente a passar... Momentos em que, o que mais queremos é estar sozinhos, ninguém nos consegue preencher por completo, somos um vazio cheio de sofrimento e dor, e não sabemos o que fazer, o que dizer, o que mudar, pois isso implica a perda do controlo que se foi adquirindo ao longo dos anos, e o controlo tornou-se o  mais importante da vida, pois levou-nos a conseguir sobreviver, a ir construindo sem alicerces (mas nós não temos essa consciência), aquilo que nos leva conseguir ser "alguém" esta no controlo... Perder o controlo, é algo que não pode acontecer, e isso só nos vai levar a mais e mais sofrimento... Encontra-mo-nos perdidos dentro do nosso próprio controlo e sofrimento!!!! 
Existe um consumo excessivo de dor, de sofrimento, que se vai alimentando de nós próprios, onde se vai criando um caminho sem saída, e continua-se a percorrer como se nada fosse, não temos pertença nesse caminho, até ao dia em que tudo se quebra!!!!
O sofrimento, a dor que percorre o interior, quando se menos se espera vai nos fazer quebrar, e vamos quebrar intensamente, mas mesmo assim continua-se com a ilusão de que ainda controlamos... O que se sente nesse momento de quebra, de "destruição", é de tal forma intenso que é muito difícil de aguentar, de suportar, e nesse momento sentimos uma solidão como nunca antes sentida!!! Todo o nosso mundo desaba, entra em total colapso, que não se sabe nada, só se sente e sente!!!! Não se sabe pedir ajuda, não se sabe por onde começar e, principalmente não se sabe o porquê!!!! 
Passamos de imenso controlo, a um mar de lágrimas sem fim, um choro de uma enorme intensidade, em que cada lágrima dói... 
Como acabar com este sofrimento que existe?! Que teima em não acabar... Como?! 

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Partilhar

Partilhar...!
Tem um significado grandioso, a sua parte teórica é bastante fácil! A parte mais difícil vem, quando se tenta aplicar esta teoria, transformando-a em prática... Faltam as palavras, pensa-se que não existe a pessoa certa para isso, que partilhar não vai levar a lado nenhum... Existe medo em partilhar!!!
Tenta-se, pensa-se nisso várias vezes, acha-se sempre é hoje, mas esse hoje transforma-se no amanhã, no depois e depois... Não acontece... Então começam a vir os auto-enganos, não é preciso partilhar, não agora, "porque eu consigo aguentar!", "vou ter novas energias", e assim começa-se a acumular e acumular, sem se saber onde começa o quê e onde acaba...
Só se dá conta, no dia em que já não houver mais energias... Para aguentar os dias, os segundos, minutos, horas, seja necessário mentir aos outros, a nós próprios, que tudo esta bem, não se está a desabar...
O desabar não é externo, mas sim um desabar interno tão profundo, tão intenso!!! Não se sabe o porque, não se quer encontrar respostas, o que mais se quer é encontrar uma forma de esvaziar, de um enorme e profundo alívio...! Não interessa como, mas é isso que se pretende!!!  Na maior parte das vezes, não se pensa em partilhar com as outras pessoas, tenta-se encontrar momentos íntimos e privados para ir ao encontro do alívio e da calma interior... São consequentemente, enganadores e ainda mais destruidores, do que aquele momento em que se decidiu não partilhar e ser "como uma fortaleza"... Nesses momentos íntimos e privados, nada disso interessa, não se pensa nisso, só se pensa no que esta a sair, o alívio que provoca, que não precisamos de ninguém, conseguimos fazer isso sozinhos, no final chega a paz que é a recompensa daquele momento e de todos os momentos vividos em silêncio e em sofrimento... É neste momento, que me desiludi a mim própria...
Todos os momentos em que podia ter partilhado com alguém, não os partilhei, optei por guardar e nada fazer e deixar acumular e acumular... Desiludi-me e desiludi-te!!!
Esses momentos, destruíram-me ainda mais, mas não sei parar, não sei como se faz...! Por muito que tente, volto sempre a esses momentos, porque o medo de partilhar frente a frente a alguém, é enorme...! Às vezes, talvez não consiga, não queira, não me permita a isso...!
Até quando esses momentos?!
Partilhar com alguém é tão importante, saber que esse alguém está lá e nos ouve, sem nos julgar por todos os nossos pensamentos, actos e atitudes... O seu silêncio, perante todas as nossas partilhas, tornam-se mais importantes que todos aqueles momentos íntimos!!! Mas tornaram-se um vício, um modo de vida!!!
Partilhar e partilhar...!!! Eu...?!
Estou desiludida comigo própria e nada pode mudar isso...! Ninguém!!!

domingo, 20 de novembro de 2011

Ódio

Ódio por ti!!! Ódio por mim!!! Tanto ódio misturado, como se tornou  num emaranhado de sentimentos tão negativos, onde o que predomina mais é o ódio que sinto, por ti, por mim, por nós!!! Não imaginas a intensidade deste meu ódio!!! Não tem início, como não tem um fim, simplesmente está lá, e tu provocas com que exista mais e mais...
Sentimento tão válido, tão meu, que cresce, se esconde dentro de mim, e ao mesmo tempo me destrói consistentemente...!!! Não me é possível parar de odiar, porque não me encontro em mim, vivo os sentimentos que guardei de outrora... Quero te culpar por os sentir, por os ter guardado em mim, por não me deixares libertar os meus sentimento, o ódio instalado dentro de mim!!! Não te posso culpar, mas quero tanto te culpar por isso!!! Não posso!!! Não posso!!! Só te posso odiar mais e mais, mas nunca te culpar por ter os sentimentos guardados dentro de mim, por nunca ter tido a coragem de resolver as situações subjacentes ao ódio... Tive o poder da escolha, entre resolver ou guardar, e a minha escolha foi mesmo guardar, sem nada resolver... Acumulei, guardei, cresceu, esta dentro de mim, e eu preciso de os libertar!!!
Não sei como os posso libertar, não sei como se liberta ódio acumulado, nunca soube! Nunca aprendi, nunca quis aprender, só guardar para mim... Só consigo saber e sentir o quanto estou destruída todos os dias por esses sentimentos... Sou eu que me destruo a mim própria, mas tu também vês o quanto me estou a destruir e nada fazes... Não consigo perceber!!! Deixas-me sozinha nestes momentos mais difíceis, onde o que mais preciso é de ti, mesmo com todo o ódio por ti, preciso de ti, preciso dos teus abraços que me confortam e consolam, onde me fazem esquecer do mundo, onde me sinto, te sinto, onde tudo pará... 
Odeio-te por me deixares assim!!! Odeio-te!!! Odeio-te!!!! 
Este ódio, além de me estar a levar a ruptura, está a levar-me a um lado sombrio. A minha vida esta a ficar sombria, com tão pouca luz! Mal a consigo ver, de tão longe que se encontra!!! Odeio-me mais e mais por estar a sentir isto, por não saber o que fazer, por não ver!!! Odeio-me!!! Odeio-me!!! 
Quantas vezes mais preciso de dizer odeio-me, para tu vires?! Mas tu vens?! Não acredito mais em ti...!


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Sonhos... Pesadelos... Realidade...

A vida que se depara perante os meus olhos, tem momentos em que não parece ser a minha vida!!! Como se a vida que ali se deparasse perante mim, fosse um sonho, que muitas vezes se transforma num pesadelo, mas que no fundo será a minha realidade ...
Como se torna uma vida num sonho? De um sonho passa a pesadelo, como? Porque fujo da minha própria realidade?!
Em que momento, altura da vida, decidi, escolhi, que a melhor opção era negar que aquela era a minha vida? Será que é possível encontrar esse momento exacto?!?!
A vida que se depara diante de mim, não me pertence, pois não é real, é um sonho, é o meu pesadelo diário, pois não sei de que forma é que volto para realidade!!! Será que me é possível voltar à realidade? Ou será que eu quero mesmo voltar?
Se passei de uma vida de realidade, para uma vida em sonho, qual é que me faz sentido viver, neste preciso momento? Estará presente em mim, essa escolha, ou o que mais emana de dentro de mim, é que não quero nenhuma? Como me sinto confusa... Confusa, como se a vida me tivesse enganado...! Perdi-me em mim...
Perdi-me em mim!!!! Como isto é estranho, nunca achei possível me perder, muito menos perder-me dentro de mim...  A vida mostrava-se tão perfeita, nunca um momento sombrio, eu estava a viver um sonho... E este sonho, é um pesadelo!!! Pesadelo, que não me leva a querer entrar na realidade, pois já não sei qual a realidade!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Como vou descobrir qual a realidade?! Eu não sei, não sei, não sei!!! Já não sei o que é realidade, o que é sonho, mas sei o que é o pesadelo! Encontro-me dentro de um pesadelo, de confusões, completamente perdida!
Será esta realidade/sonho que me espera? Vou ter de continuar a viver assim? Perdida, confusa, sem saber em que momento me encontro a viver?! Não quero...
Procura-se algo, o quê?! Procuro-me dentro de mim, e onde estou? Não sei, não me consigo encontrar...
Perdi-me para sempre...